quarta-feira, 31 de maio de 2017

Maio florido

No fim deste lindo mês de Maio, Maio florido, deixo aqui algumas flores do meu jardim e da minha rua que se chama «do Jardim». 



















E, por fim, um velhinho poema (de 1915) que descobri por aí do poeta António Corrêa d'Oliveira (1878-1960) que é um outro tipo de flor...




terça-feira, 30 de maio de 2017

A força das novelas

Eu estava em casa, sentado na sala a mexer no telemóvel e a minha mulher a ver televisão.

Pedi-lhe por favor para me ir buscar uma cerveja ao frigorífico, ao que ela respondeu que não ia porque queria ver aquela parte da novela.

Aí o telemóvel dela, que estava na cozinha, tocou. Ela levantou-se rapidamente e foi ver quem era.

Era uma mensagem que dizia:
 "Já que estás na cozinha, podes trazer-me uma cerveja?"

 Acordei no hospital, não sei se levei com um pau ou com um tijolo!...




segunda-feira, 29 de maio de 2017

JFK - centenário do seu nascimento

Fiquei a saber que passam hoje 100 anos sobre o nascimento do grande homem, John Fitzgerald Kennedy, grande presidente dos Estados Unidos da América cuja vida foi bárbara e precocemente ceifada aos 46 anos, no segundo ano do seu forte e carismático mandato. 

Os homens de grande visão são sempre invejados e mais ou menos violentamente afastados pelos seus adversários. Tem sido assim ao longo da História do mundo. 

Em jeito de homenagem ficam aqui algumas fotos de alguns dos melhores momentos da vida do Presidente JFK.

Tomada de posse em 20 de Janeiro de 1961

Trabalhando na Sala Oval

Com os filhos na Sala Oval

Com o filho John John

Com os irmãos Robert e Ted

O 2º mais velho de nove irmãos

No dia do seu casamento com Jackie, em Setembro de
1953

Recebido em Dallas na véspera do seu assassinato

Dallas no dia do seu assassinato

Pouco antes do fim...

domingo, 28 de maio de 2017

Para que não esqueça

Passam hoje 91 anos sobre o golpe militar de 28 de Maio de 1926 que abriu as portas a um longo período negro - não foi cinzento, não. Foi bem negro - da nossa História recente: a ditadura salazarista do auto-proclamado Estado Novo. 

Não há como tentar esquecer, como não há como tentar esquecer a sangrenta e repleta de bárbaras atrocidades (passe o pleonasmo) Guerra Colonial. 

Recordemos brevemente os acontecimentos.

Vindo de Braga com as suas tropas








Note-se a "data gloriosa"!...


E o senhor António Ferro, grande promotor das "belezas" do Estado Novo, até encomendou ao António Lopes Ribeiro um filme de propaganda sobre a "maravilha" do 28 de Maio, com canção cantada por Maria Clara - todos artistas do regime e que me desculpe o Dr Júlio Machado Vaz  que tanto considero e aprecio.


Filme "Revolução de Maio" (1937)

(imagens retiradas da net)

sábado, 27 de maio de 2017

Sgt. Pepper at 50

Diz-nos João Gobern, que tanto sabe de música, que «passa no próximo dia 1 de Junho meio século sobre a edição do disco que ajudou a mudar a face da música» - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Clube Band -  e que, em Liverpool, já se começou a festejar com a organização do festival Sgt. Pepper at 50 que teve início ontem.

Por esta altura os Fab Four tinham já decidido não continuar a fazer espetáculos, descontentes que estavam com os concertos que, diziam eles, eram «mais histeria do que música» porque nem conseguiam ouvir-se uns aos outros. O último concerto que deram foi em Agosto de 1966 em San Francisco. 

Assim, puderam, neste disco, usar instrumentos musicais diferentes - dado que não teriam de interpretar as canções em público - e, inclusivamente, usarem uma orquestra de 40 músicos para gravarem a canção A Day in the Life.

Vamos matar saudades?








quinta-feira, 25 de maio de 2017

No dia da espiga

Eu podia hoje falar do trágico ataque terrorista que aconteceu na cidade de Manchester – mais um! E quantos mais poderão acontecer?

Poderia, por outro lado, lamentar as trágicas mortes inúteis dos tantos milhares de sírios, de afegãos, de iraquianos (e crianças, senhor!) por força daquelas “primaveras” árabes de tão triste memória. E as crianças e as famílias que sucumbem naquelas travessias lúgubres da Líbia para a Itália em precários barcos de borracha?

Poderia comentar a balbúrdia instalada em Brasília por um presidente que, ávido do poder, conspirou e destituiu a sua antecessora e que agora se vê na mesma situação, agarrando-se, frágil e temeroso, ao posto do comando, prometendo – ou ameaçando – não sair!

Poderia ainda ironizar, zombar, escarnecer as cenas façanhosas daquele presidente tartufo que o povo americano escolheu – ou se lhe impôs, sei lá! – nas suas rústicas visitas a Moscovo, ao Vaticano e hoje na NATO.

Poderia, tão-somente, deixar aqui o pensamento que me tem assolado o espírito ultimamente sobre o número de greves que têm sido convocadas para a função pública – convenientemente marcadas para as sextas-feiras, note-se! – número mais elevado, parece-me, no espaço de tempo em que o atual governo está em funções do que nos quatro longos anos do governo anterior que, esse sim, deitou por terra grande parte dos benefícios dos ditos funcionários…

Mas não!... Hoje foi o dia da espiga – tradição tão nossa, tão simples e primaveril, que dá vontade de reler Cesário Verde e trautear música popular de qualidade…

«Espreitam-te, por cima, as frestas dos celeiros;
                O sol abrasa as terras já ceifadas,
                E alvejam-te, na sombra dos pinheiros,
                Sobre os teus pés decentes, verdadeiros,
                As saias curtas, frescas, engomadas.(…)

Exótica! E cheguei-me ao pé de ti. Que vejo!
                No atalho enxuto e branco das espigas
                Caídas das carradas no salmejo,
                Esguio e a negrejar em um cortejo,

                Destaca-se um carreiro de formigas(…)»

("De Verão", Cesário Verde, 1887)





Votos de muita farturinha para todos!




terça-feira, 23 de maio de 2017

Morreu O Santo!

Já toda a gente sabe, mas não quero deixar de aqui a minha modesta homenagem a Sir Roger Moore que me habituei a ver nos idos de 60, ainda a branco e preto, na série de televisão O Santo, atrevido, vaidoso e ... lindo!!




Deixem-me recordar-vos uma ou outra cena.




O seu grande papel foi, porém, o desempenho da personagem Bond, James Bond, o 007, tendo sucedido, neste papel, ao famoso e, a todos os níveis, grande Sir Sean Connery (que eu sempre preferi a todos os outros atores que se lhe seguiram incluindo Roger Moore).




Sir Roger Moore morreu hoje, na Suíça, aos 89 anos, após uma "curta, mas corajosa batalha contra o cancro", nas palavras dos seus três filhos. 

De referir ainda o seu empenho e entusiasmo como embaixador da boa vontade da UNICEF, uma função para a qual fora nomeado em 1991.

Usando as palavras de um amigo: O século XX insiste em desertar à força toda.

Lembremo-lo senhor de todo o seu charme.








segunda-feira, 22 de maio de 2017

Dia de...

Deus do céu!!! Fiquei agora a saber que o dia de hoje é, para além (da pepineira) do Dia do Abraço – o facebook e os telejornais estão cheios de pessoas a darem abraços apenas porque é o dito dia deles – é também o Dia do Autor Português (o que me parece bastante louvável, se servir para celebrar os autores portugueses) – e é também do Dia da Biodiversidade – não me perguntem porquê.

Será que os dias do ano já não chegam para comemorar mais Dias de? Ou foi só porque sim, porque calhou? Será que não há nada de mais importante e substancial para entreter o pessoal ou assim fica mais barato e ajuda a manter-nos levezinhos e simples (leia-se simplórios…)?

Sei, não! O que sei é que o facebook e os telejornais bem se encheram com imagens tolinhas de pessoas a correr com cartazes no ar a pedir e a querer dar abraços, mas quanto aos Autores Portugueses e à Biodiversidade, nem palavra! – É que essas realidades não são divertidas, nem servem para manter o pessoal levezinho e simplório… (Ui, o que eu vou levar na cabeça pelo que estou para aqui a dizer! Mas é assim que penso, que se há de fazer?!)

Lembram-se do fado do Zé Cacilheiro (1966) cantado pelo José Viana, ator do teatro de revista, cantor e desenhador? Pois veio-me à memória parte da letra que dizia qualquer coisa como:
«eu vi ou então sonhei
que os braços do Cristo-Rei
estavam a abraçar Lisboa»

que é uma imagem lindíssima da nossa lindíssima Lisboa.

E assim dá para celebrar o Abraço (a Lisboa), os Autores Portugueses (que escreveram a canção: César de Oliveira e outros) e a Biodiversidade (com todos os seres vivo, micro e magro organismos que se adivinham no Tejo e nas lindas margens que o abraçam…





Ah! Mas há mais: é que hoje é também o Dia da cidade de Leiria, toda ela abraçada pelo Lis, sob o olhar vetusto e atento do Castelo…











domingo, 21 de maio de 2017

Selfie valiosa...

Assim vale a pena ir ao museu!...



sábado, 20 de maio de 2017

Claridade segundo Almada

«Imaginava eu que havia tratados da vida das pessoas, como ha tratados da vida das plantas, com tudo tão bem explicado, assim parecidos com o tratamento que há para os animaes domesticos, não é? Como os cavalos tão bem feitos que ha!

Imaginava eu que havia um livro para as pessoas, como ha hostias para cuidar da febre. Um livro com tanta certeza como uma hostia. Um livro pequenino, com duas paginas, como uma hostia. Um livro que dissesse tudo, claro e depressa, como um cartaz, com a morada e o dia.»

(Almada Negreiros, in “Invenção do Dia Claro”, 1921)



Bom que assim fora!!

sexta-feira, 19 de maio de 2017

«Il faut savoir»

Se calhar foi por ter sido educada para a contenção das emoções e dos sentimentos que sempre gostei tanto desta canção!




Muito linda e muito forte, não acham?


quinta-feira, 18 de maio de 2017

O Museu do Brinquedo de Sintra

Hoje, Dia Internacional dos Museus, relembro aqui o Museu do Brinquedo de Sintra, que esteve instalado no antigo quartel dos bombeiros no chamado centro histórico da vila, desde 1997 e que, infelizmente, encerrou no fim do verão de 2014 por forte quebra no número de visitantes e consequente falta de verbas.

O museu expunha mais de 60.000 exemplares de diferentes brinquedos, uma das maiores coleções do mundo.

Deixo aqui algumas fotos de uns tantos dos brinquedos pela objetiva do meu amigo blogger Pedro Macieira do Rio das Maçãs.






























Uma pena que tenha fechado!

Atualmente, naquele espaço, está sediado o Museu da Notícia, de que falei aqui.